domingo, 15 de julho de 2012

A transformação para a reintegração


Reintegração...sair da prisão do preconceito, juntar os fragmentos do coração partido pelo sofrimento, pela desilusão, pelas partidas e esperanças não resolvidas e viver o amor verdadeiro, integrar-se no mundo de mãos dadas com alguém, ou aparentemente sozinho, porque nunca estamos sós... 

Descobrir o amor por outro ser e o amor-próprio. O amor por si mesmo é o mais difícil de alcançar. Aprender a aceitar os nossos defeitos e limitações, olhar para nós com benevolência e compaixão, sem no entanto nos tornarmos egoístas não é fácil. Mas só assim podemos amar verdadeiramente e encontrar quem nos completa.

A personagem Santiago, do livro Alquimista, de Paulo Coelho nos mostra a longa jornada por que passou para conseguir descobrir a sua Lenda Pessoal. Ao sonhar com um tesouro escondido, o jovem pastor de ovelhas partiu em busca dele, saiu de seu país em direção ao desconhecido, enveredou-se em muitas aventuras até descobrir que o tesouro se encontrava enterrado no local onde aconteceu o sonho...No caminho, passou por desilusões e também por encantamentos que o poderiam ter embriagado e afastado do objetivo. Mas ele não fraquejou, a força da sua busca foi mais forte, e valeu a pena conseguir se encontrar.
Este livro de Paulo Coelho, que já li e reli muitas vezes, é uma espécie de lembrete, principalmente quando sinto que preciso de uma dose de coragem, mas também de doçura e de intuição para retomar o caminho em busca do auto-conhecimento.

Há momentos da vida, em que não estamos em nenhuma fase específica, daquelas que causam grandes convulsões e acontecimentos, mas também esses vazios podem nos trazer algo, se deixarmos que a intuição nos guie... e para isso é necessário libertar-se da tralha emocional, dos sentimentos fúteis, daquilo que nos desvia a atenção da busca. 

Transmutados desta busca, transformados pelos acontecimentos da vida(ou não acontecimentos), amadurecidos, estamos prontos para seguir amando, reintegrados em busca da evolução.

O doce de casca de melancia é um exemplo de que coisas(momentos) aparentemente sem importância, considerados lixo(vazio), podem ter resultados surpreendentes e ser reintegrados na nossa alimentação(vida), transformados.
A receita já foi publicada aqui.


10 comentários:

  1. Muito boa a sua explanação sobre o amor a si e ao outro e muito interessabte a metáfora da melancia.
    bjs

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  2. doce de melancia...nunca tinha pensado nisso.
    Paulo Coelho...não mi gusta

    beijinho e boa semana

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  3. Olá meu amori.
    É verdade é, para evoluir ou relembrar o que já sabiamos antes desta vida, precisamos de seguir inteiros pelo caminho das experiências e desafios.
    Tal e qual como a casca da melancia que parece não servir para nada, todos os desencantos, deseperanças e convulsões interiores servem para trazer à consciência aquilo que desconheciamos em nós. Quando autoconhecemos nosso lado positivo e negativo, passamos a estar inteiros no aqui e agora. Resgatando os sentimentos ancorados no passado, pois sentimentos são energia que ficou retida noutro tempo e espaço. Precisa voltar a nós, voltar a fazer parte da nossa aura energética.
    Beijinhos. Obrigada pelos fantásticos 5 meses de mútuo enriquecimento. E quem sabe não serão 6 meses de amor?
    Hummm dia 15 Agosto, espreita os blogs da organização.
    Rute

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  4. Olá Lina! Muito bonita a comparação com a casca da melancia... Nunca li nada do Paulo Coelho, nunca senti curiosidade e acho (sem ler, o pior erro que há!) que não é o meu estilo. Tenho de experimentar e ver se de facto, assim é ;) Beijinhos*

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  5. Lina,
    reunir/reintegrar os pedaços de nós mesmos afastados pela ação dos ventos da vida, muitas das vezes, nos assombra ao redescobrirmos sentimentos e conhecimentos que deixamos esquecidos nos sótãos da memória e que trazidos à luz nos reinventam.
    Vc nos lembrou desta luminosa possibilidade de reintegração.Obrigada!
    Bjkas,
    Calu

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  6. Querida Lina que belissimo texto, gostei muita da sua participação e adorei a comparação que vc fez a casca da melancia, coisas da qual muito do que passamos,pensamos de que nada valeu, porém no futuro percebemos que foram tão importantes em nossa vida, e nos serviu de liçao, e aprendizado. Lindo doce. Bjos amiga excelente semana

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  7. Lina, querida mana,talvez às vezes não sejam momentos vazios ou de não acontecimentos e sim aquele estado em que antes de entrar a nova mudança o carro vibra um pouco, no mesmo lugar, nem sabemos se está a ir para trás ou para a frente e logo a mudança (a nova velocidade) que queremos "entra" e então lá vai ele, deslizando, sobre rodas!
    Mil beijos! Escreve!
    Isabel

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  8. Lina, não podemos perder o foco, pois antes da decisão, conforme o envolvimento, maior o tempo de questionamento. Fraquejamos e os pensamentos positivos ajudam no resgate da nossa coragem. Super válido a releitura do Alquimista.
    Peguei a receita da compota com a casca da melancia. Recentemente fiz uma postagem "Coração de Melancia" que me fez ler muito sobre os benefícios dessa fruta. Reintegrar aquilo que iria para o lixo de volta à alimentação é puro luxo. Quando vi as cascas raladinhas, lembrei-me dos doces de cidra, também muito saborosos!!
    Obrigada por tudo!! Beijus,

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  9. De vez é quando é preciso uma palavra,uma leitura,uma música,qualquer coisa que nos lembre de quem somos e nos faça entrar em contato com o nosso interior.
    Adorei a participação,abraço Lina,=)

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  10. No amadurecimento é que percebemos muitas coisas que estavam longe de nossos olhos e de nosso coração.
    Gostei da melancia...
    Paz e bem

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